Você com certeza já deve ter sentido um “frio na barriga” ou calafrios antes de algum evento importante, não é mesmo? Esses são exemplos simples de como as nossas emoções influenciam o nosso organismo. Porém, em situações de muito estresse e tristeza, sintomas como esses deixam de ser pontuais e se tornam motivo de preocupação: podem ser sintomas das chamadas doenças psicossomáticas.O termo designa justamente aquelas enfermidades agravadas ou causadas por problemas emocionais. Os sintomas são os mais variados, de forma que muitas pessoas ignoram que as dores físicas sofridas podem ser causadas por uma razão psicológica.
Pensando nisso, elaboramos essa lista com alguns mitos e verdades sobre o assunto: confira!
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1. As doenças psicossomáticas são apenas “fruto da imaginação”
Mito. As doenças psicossomáticas são aquelas em que problemas de cunho psicológico, como traumas, estresse e ansiedade excessiva, se manifestam de forma física no indivíduo. Mas isso não significa que a dor e o sofrimento pelo qual ele passa sejam inventados, como as expressões “fruto da imaginação” e “algo que está apenas na sua cabeça” podem dar a entender.
Ao contrário, os sintomas são bastante reais e podem se manifestar de formas diferentes em cada pessoa. No sistema cardiovascular, são palpitações e taquicardia; no gastrointestinal, podem aparecer como náuseas, diarreias, úlceras e gastrite; no sistema respiratório, as doenças psicossomáticas causam ou agravam casos de asma e bronquite. Isso sem contar os transtornos de ordem dermatológica e metabólica e os problemas nas articulações.
Todos esses sintomas são reações do organismo a algo que não está bem dentro da pessoa — e não é possível apenas inventá-los.
2. Apenas pessoas que passaram por um forte trauma sofrem com essas doenças
Mito. Qualquer pessoa pode sofrer com as doenças psicossomáticas, basta passar por situações de muito estresse, ansiedade e tristeza — como uma cobrança no trabalho, problemas na família, pressão e bullying, por exemplo. Elas atingem ambos os sexos e todas as idades e têm inúmeras possíveis causas, inclusive “pequenos esgotamentos diários”, como define a neurologista Suzanne O’Sullivan.
3. Os sintomas podem “ir e vir”, dependendo de como a pessoa se sente
Verdade. Por estarem diretamente associadas à saúde mental, é comum que pacientes vivenciem períodos sem a apresentação de qualquer sintoma das doenças psicossomáticas. É o caso de quando o indivíduo se vê momentaneamente relaxado — em férias e longe do trabalho, por exemplo. Se ele for colocado novamente frente a uma situação de estresse e a emoção causadora das doenças não for resolvida, os sintomas podem voltar.
4. Doenças psicossomáticas podem se transformar em doenças crônicas
Verdade. Quando o diagnóstico acontece tardiamente ou se o indivíduo passa por um grande trauma, é possível que os sintomas se agravem, causando ou piorando doenças crônicas como asma e bronquite, por exemplo. Além disso, situações de extremo sofrimento psicológico podem levar a casos mais graves, como convulsões ou sintomas que simulam infartos e AVC.
5. A maior dificuldade para a cura é aceitar que a doença tem causas psicológicas
Verdade. Muitas pessoas sentem dificuldade em aceitar que os sintomas podem ter origem psicológica. É comum, inclusive, que passem grandes períodos da vida pulando de médico em médico, à procura da doença que lhe causa tanto mal-estar, sem saber que sua origem é emocional. A partir do momento em que o paciente compreende a origem dos sintomas, é possível começar a trabalhar para a sua cura.
6. As doenças psicossomáticas são sempre tratadas com remédios
Mito. Ainda que em alguns casos seja recomendada a utilização de medicamentos para controlar a ansiedade — ansiolíticos ou calmantes —, o mais importante é a compreensão sobre os próprios sentimentos. É por isso que acompanhamento psicológico é essencial para aqueles que sofrem doenças psicossomáticas. Além disso, práticas de meditação, yoga e hipnose, por exemplo, também podem ser de grande valia.
É importante lembrar que o diagnóstico e o tratamento das doenças psicossomáticas devem ser realizados com acompanhamento de profissionais especializados na área.
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