É Possível Utilizar a Hipnose Como Cura Para Traumas Psicológicos?

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Durante a vida, segundo a psicologia, a maioria de nós deve passar por alguma experiência que pode causar um trauma psicológico, o que, algumas vezes, acarreta comprometimentos cognitivos, emocionais e físicos. Mas essas consequências não precisam ser permanentes, graças à existência de diferentes métodos terapêuticos para curá-las ou, pelo menos, minimizá-las.

Entre essas técnicas está a hipnose, que, apesar de ainda gerar alguma desconfiança em muitas pessoas, é uma ferramenta de apoio ao diagnóstico e tratamento médico reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina. Para explicar como funciona a hipnose como cura, no entanto, é importante primeiro esclarecer como acontecem os traumas psicológicos.

Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura!

O que é um trauma psicológico

Assim como sugere o nome, um trauma psicológico nada mais é do que uma ferida inicialmente “não física” causada por algum evento de dor ou estresse psicológico que ultrapassa a capacidade da pessoa de lidar com esse tipo de sentimento e situação. Não é possível listar exatamente quais eventos causariam um trauma psicológico, porque a forma como cada pessoa encara esses episódios de dor ou estresse psicológico é única. Alguns exemplos, porém, são a morte trágica de um familiar ou um acidente de carro ou aéreo.

Ao contrário de lesões físicas, que se fecham naturalmente, a ferida psicológica conta com a ajuda do próprio cérebro para se manter aberta, por meio da memória. É ela quem organiza e reconstrói a experiência traumática, propiciando à pessoa reviver as mesmas emoções do evento traumático ao passar por algo semelhante ou relembrar o ocorrido. A partir disso, a pessoa apresenta sintomas cognitivos (confusão mental, incredulidade, pesadelos, etc.), emocionais (ansiedade, irritabilidade, tristeza, etc.) e até físicos (abuso de drogas, fadiga, náusea, etc.).

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A hipnose como cura para o trauma psicológico

 

Por meio da hipnose, o terapeuta conduz a pessoa a um estado semelhante ao de extremo foco ou concentração, o transe. Nele, o cérebro opera entre o estado de vigília em que vive quando estamos acordados e a razão está controlando os instintos e emoções, e o estado de transe profundo, que é aquele em que a pessoa está desacordada. Isso permite que o terapeuta trabalhe para ressignificar os fatos traumáticos para a pessoa, diminuindo ou até eliminando o trauma e seus sintomas.

Além de localizar a origem do trauma e fazer com que a pessoa perceba os eventos de uma forma diferente — por vezes, conduzindo-a para que ela avalie o acontecimento traumático a partir da perspectiva de um observador externo e, por outras, ajudando a desapegar das emoções negativas ligados ao trauma — o terapeuta procura, também, restabelecer a sensação de proteção do paciente e regular a sensação de afeto, lhe ajudando a desenvolver novas habilidades para lidar com outras situações de estresse psicológico.

Não existe uma forma única de conduzir uma sessão de hipnose, por isso, alguns terapeutas podem optar por uma conversa antes da condução ao transe ou só explicar rapidamente o que acontecerá na sessão. A forma como é feita a condução e o acesso a memórias traumáticas também pode variar, por isso, é difícil dizer com certeza se haverá lembranças claras do que foi dito durante o transe ou não.

Independentemente dos métodos, os resultados podem ser obtidos em apenas algumas sessões. A cura ou minimização dos traumas, no entanto, vai depender não apenas da sessão ou da qualidade do profissional, mas também da predisposição do paciente para se deixar hipnotizar e da crença no próprio uso da hipnose como cura.

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Você já usou a hipnose ou alguma outra terapia para curar traumas psicológicos? Comente abaixo e conte para a gente a sua experiência!