Insônia: Entenda o Tratamento Com Hipnose

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Você tem insônia? Sofre com dificuldades para dormir ou conhece alguém que enfrente este problema?
Seja qual for o motivo que prejudica suas noites de sono, leia este artigo e descubra como SE LIVRAR DA INSÔNIA!

A insônia é um quadro que faz parte dos distúrbios do sono, identificada pela dificuldade de dormir, seja esta dificuldade relacionada ao início ou à estabilidade do sono.

Trata-se de uma perturbação que, se não for devidamente tratada, tende a trazer sérios prejuízos à saúde física e mental, e às atividades diárias do indivíduo.

A insônia é um dos distúrbios do sono mais prevalentes na população nacional. Segundo dados do Instituto do Sono, a insônia crônica atinge mais de 30% dos brasileiros.

O paciente que sofre de insônia tem sua saúde, qualidade de vida e bem-estar comprometidos, e quando o problema se estende por longos períodos, pode ter consequências graves.

A medicina e a psicologia estudam esse distúrbio há anos, em busca de um tratamento que seja efetivo, seguro e definitivo.

Em alguns casos, podem ser utilizados medicamentos, sempre prescritos por médicos, exercícios de relaxamento ou tratamento com hipnose.

Antes de entender como a hipnose pode auxiliar no tratamento da insônia, é preciso saber como esse problema se manifesta, quais são suas causas e sintomas.

 

O QUE É INSÔNIA?

A insônia é caracterizada pela dificuldade anormal de dormir ou pela baixa qualidade do sono, que passa a causar fadiga, sensação de cansaço e mau humor.

O problema se agrava quando a dificuldade para dormir surge mais de três vezes por semana, durante períodos superiores a um mês.

Os casos de insônia são mais comuns entre as mulheres, devido às alterações hormonais que ocorrem ao longo do dia e à rotina desgastante, que envolve trabalho, lar e educação dos filhos.

Isso é bastante preocupante, se considerarmos que a abstinência de sono e descanso pode desencadear diversos problemas de saúde, como hipertensão, diabetes e obesidade.

Entre as características desse distúrbio do sono, estão:

  • Resistência para iniciar o sono;
  • Episódios frequentes de perda de sono, durante a noite, e dificuldade para retomá-lo;
  • Acordar muito cedo, mesmo sem atividades programadas, mas somente pela dificuldade para dormir;
  • Sensação de não ter descansado o suficiente, de não ter tido uma noite de sono reparadora.
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Importante ressaltar que a necessidade de sono e descanso não pode ser medida em horas, cada organismo tem seu próprio funcionamento e suas próprias carências.

Fala-se com frequência que 8 horas representam o tempo de sono ideal. Mas, algumas pessoas prosseguem muito bem com o desempenho de suas atividades cotidianas tendo dormido por 5 ou 6 horas, assim como alguns precisam de muito mais tempo para se sentirem descansados.

Portanto, há de se avaliar se o sono tem sido suficientemente restaurador, e se não tem deixado a sensação constante de cansaço.

A insônia afeta, e muito, a qualidade de vida de quem enfrenta esse problema, os sintomas apresentados incluem: fadiga e falta de energia, mau humor e irritabilidade, sonolência, dificuldade de concentração, sensação de atordoamento.

Essa perturbação do sono pode se manifestar de forma aguda, crônica ou intermitente:

  • Aguda: dura de uma, ou algumas, noites a semanas;
  • Intermitente: marcada por episódios recorrentes de insônia aguda;
  • Insônia crônica: este quadro é definido, caso as perturbações no sono ocorram por um período maior que um mês.

 

QUAIS SÃO AS CAUSAS DA INSÔNIA?

Não existe apenas um tipo de insônia. O problema pode se desenvolver em consequência de fatores biológicos, genéticos, mentais, psicológicos ou sociais. Porém, as causas psicossomáticas são as mais comuns entre homens e mulheres.

Fatores como depressão e estresse podem desencadear ou agravar a insônia. Dor crônica, distúrbios hormonais, gravidez, uso de alguns tipos de medicamentos e ansiedade também estão entre as principais causas deste distúrbio do sono.

As causas da insônia derivam de uma somatória de fatores predisponentes e precipitantes.

As principais razões predisponentes são: idade e sexo (com maior incidência em mulheres e pessoas em idade avançada); histórico familiar; transtornos psicológicos, como Depressão e Ansiedade; uso de substâncias químicas, incluindo álcool e cigarro.

Diversas doenças físicas também contribuem para a instauração desse distúrbio do sono, sobretudo quando se trata do quadro de insônia crônica, como por exemplo, problemas cardíacos, doenças renais, artrite, asma, mal de Parkinson, problemas da tireoide, entre outros.

A insônia também surge em comorbidade com outros distúrbios do sono, como apneia, narcolepsia, e outros que serão detalhados mais à frente neste artigo.

Alguns comportamentos, tidos como condições precipitantes, colaboram para a perpetuação da insônia, são eles:

  • Preocupações em relação ao próprio distúrbio do sono, e expectativas para adormecer;
  • Preocupações excessivas, com questões referentes ao trabalho, situação financeira e outros problemas;
  • Excesso de cafeína ao longo do dia;
  • Consumo de álcool ou tabaco, próximo à hora de dormir;
  • Horários, frequentemente, irregulares para dormir ou acordar;
  • Longos cochilos durante o dia.
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OS EFEITOS DA INSÔNIA SOBRE O ORGANISMO

 

As complicações desse distúrbio do sono para a saúde são muitas, e abrangem consequências físicas e psicológicas.

Dificuldade de raciocínio, falhas na memória, lentidão de pensamento e de reações, e até colaboração para o desenvolvimento de certas desordens mentais, são alguns dos efeitos psicológicos da insônia.

Entre as complicações para a saúde física, destacam-se: aumento da pressão arterial; diminuição das defesas do organismo; risco aumentado de problemas cardíacos; risco de diabetes; obesidade.

OUTROS DISTÚRBIOS DO SONO ASSOCIADOS À INSÔNIA

Apesar de a insônia ser considerada como o mais prevalente distúrbio do sono, existem várias outras perturbações que acometem as pessoas e prejudicam suas noites e seu descanso.

Alguns dos outros distúrbios do sono estão associados à insônia, ou são confundidos com ela. Isso quer dizer que muitas pessoas acordam com frequência durante a noite, em decorrência de outros problemas, e acabam fazendo um autodiagnóstico incorreto. Entenda:

  • Apneia do sono

A palavra ‘apneia’ quer dizer ‘parada de respiração’, e é exatamente isso que acontece.

A síndrome da apneia obstrutiva do sono é um distúrbio que leva o indivíduo a ter vários momentos de respiração interrompida, enquanto está dormindo.

O quadro clínico se dá quando ocorrem, no mínimo, cinco obstruções respiratórias por hora. No entanto, devido à sua difícil avaliação pelo próprio indivíduo e até pelas pessoas que com ele convivem, a apneia obstrutiva é um problema que demora a ser diagnosticado.

Por sua difícil identificação, a apneia é comumente confundida com a insônia. O problema faz com que o indivíduo acorde repetidas vezes, mas sem que ele consiga saber o que o despertou.

  • Narcolepsia

Este é um problema neurológico, que consiste em momentos de sono incontrolável.

A sonolência excessiva, nesses casos, é originada pelo déficit do neurotransmissor orexina, responsável pela vigília, entre outras funções.

Na verdade, trata-se de um quadro pouco prevalente, mas vale aqui destacá-lo, já que pode tratar-se de um distúrbio que, se não for devidamente diagnosticado, é confundido com a insônia.

Os episódios irresistíveis de sono, provocados pela narcolepsia, levam o indivíduo a dormir no lugar e ocasião em que ele estiver. Esses cochilos, ainda que sejam breves, podem ser reparadores, o que pode afetar o sono da noite.

  • Paralisia do sono

A paralisia do sono, também conhecida como Atonia REM, ou ainda definida, em outras concepções teóricas, como catalepsia projetiva, é um estado que se manifesta quando a pessoa está no início do sono, ou quando está acordando.

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Quando isso acontece, o indivíduo não consegue mover um membro, permanece imóvel, mas tem consciência de que está acordado. Nesse momento, podem até ocorrer alucinações hipnagógicas.

Se o paciente sofre paralisias do sono com frequência, e tem dificuldades de voltar a dormir, esse quadro também pode afetar o diagnóstico de insônia.

Para saber mais sobre paralisia do sono, veja o artigo completo clicando aqui:

Além dos distúrbios do sono citados, muitos outros se enquadram no mesmo problema e afetam a qualidade do repouso e, por consequência, a qualidade de vida funcional das pessoas, como:

  • Pesadelos recorrentes;
  • Ronco;
  • Sonambulismo;
  • Síndrome das pernas inquietas;
  • Bruxismo;
  • Enurese noturna;
  • Terror noturno;
  • Síndrome Jet-Lag.

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COMO TRATAR A INSÔNIA CRÔNICA?

 

O tratamento dos quadros de insônia crônica, em alguns casos, exige intervenção multimodal. Psicoterapia, terapias alternativas, técnicas de relaxamento e uso de fármacos são algumas das opções de tratamento.

Primeiramente, é importante realizar um diagnóstico preciso, para que sejam identificadas as possíveis desordens físicas ou psicológicas que estão contribuindo para a perpetuação da insônia.

Em seguida, os comportamentos/ condições precipitantes são avaliados e, se possível, interrompidos.

De acordo com a severidade do quadro, ocorre também a intervenção farmacológica, ao menos até que os sintomas mais acentuados sejam reduzidos, o suficiente, para prosseguir com as demais intervenções.

Diversas técnicas de relaxamento são indicadas pelos médicos como tratamento auxiliar, que incluem atividades físicas leves e terapias alternativas, como yoga, meditação e outras.

 

COMO É FEITO O TRATAMENTO COM HIPNOSE?

A hipnose no tratamento da insônia tem sido uma alternativa de grande destaque. Isso porque a prática da hipnose atua tanto no sintoma como na causa do problema, ao contrário dos medicamentos tradicionais, que tratam apenas o sintoma e não podem ser usados por muito tempo, já que podem causar dependência.

Como sabemos, a insônia é uma manifestação do estresse, da ansiedade ou da depressão, que o paciente não consegue manifestar e colocar para fora. Nesse ponto, a hipnose auxilia o paciente a romper as barreiras psicológicas de seu subconsciente, compreender suas limitações e trabalhar suas emoções.

Podemos dizer que o objetivo da hipnose no tratamento da insônia é ajudar o indivíduo a ter uma visão mais ampla de tudo o que o cerca e também a enxergar melhor a si mesmo, para, a partir daí, buscar novas válvulas que possam impulsioná-lo à melhora de seu quadro, com o auxílio do psicólogo.

A hipnose no tratamento da insônia, aliada ao acompanhamento psicológico, pode ser uma excelente alternativa na busca pelo bem-estar e pela qualidade de vida do paciente.

Agora que você já conhece os principais aspectos da hipnose no tratamento da insônia, aproveite para comentar o post e compartilhar este conteúdo nas suas redes sociais para fomentar ainda mais a discussão sobre o tema!